É estranho, quando trabalhamos durante alguns meses, dia após dia com determinadas crianças e depois recebemos a notícia que vão partir, para casa dos seus progenitores ou familiares, para famílias de acolhimento ou então para outros centros de acolhimento temporário. Primeiro foram os manos, Carlos e Zé Luís, depois o reguila do Rubén e agora o nosso pequenino, o Bruno. Como será depois? O que estas crianças de tão tenras idades pensarão?! Será que estão felizes?! É que é de uma injustiça tão grande!!! Eles estão aqui, durante tanto tempo, somos como uma família, que lhes damos a alimentação, que os levamos para a escola e a passear, que os adormecemos, que cuidados deles quando adoecem, somos nós quem os melhor conhece e é em nós que eles confiam, pois conhecemos as suas potencialidades e dificuldades, os seus medos...será que não seria mais fácil para estas crianças se tivessem um momentos de adaptação entre o seu lar até então e o seu novo lar?! Quando é que os adultos percebem que as crianças não são objectos que agora estão aqui durante meses e que depois são mudados do conhecido para o desconhecido de um dia para o outro?! Será que não percebem que as crianças também têm sentimentos e que desta forma simplesmente estamos a tornar estas crianças mais inseguras sobre si e sobre o mundo que as rodeia? O objectivo não é tornar as crianças seres cada vez mais felizes, livres, confiantes e autónomas?! Sinceramente estou desiludida com estas dura realidade, destas crianças que de alguma forma estão desprotegidas...
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